quinta-feira, 18 de julho de 2013

Romance de uma caveira






Eram duas caveiras que se amavam
E a meia noite se encontravam
Pelo cemitério os dois passeavam
E juras de amor trocavam !
Sentados os dois em riba da lousa fria
A caveira apaixonada assim dizia
Que pelo caveiro de amores morria
E ele de amores por ela vivia !
Num galha uma coruja cantava alegre
Ao ver os dois caveiros assim feliz
E quando eles se beijavam em tom fúnebre
A coruja batia as assas
Pedia bis !
Mas um dia chegou de pé junto
O cadáver novo de um defunto
E a caveira por ele se apaixonou
E o caveiro antigo abandou
O caveiro tomou a bebedeira
Matou-se de um modo romanesco
Por causa daquela ingrata caveira
Que, trocou ele por um defunto fresco
Um defunto fresco
Defunto fresco
Fresco
Dorli Silva Ramos 

5 comentários:

  1. Bom dia Dorli!
    Que poema inédito esse, gostei das rimas, que triste fim o caveiro teve, trocado por um defunto fresco!
    Cantado então foi demais, não conhecia essa música,rsrs!
    Boa escolha minha amiga, nos diverte um pouco né?
    Abraços!

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  2. Olá Dorli
    Poema do outro mundo
    isto de cemitérios, caveiras, aterrorizam-me, lool

    Mas até que está engraçado..

    beijos
    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  3. Bom dia linda Mestre, vi que até as caveiras trocam o amor certo pelo incerto. Que dor essa trsite traição, mas ao mesmo tempo uma excelente mensagem.
    Não posso negar que ri.
    beijos
    Ritinha

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  4. Bom dia Dorli... sublimes palavras.. o que todo mundo teme é o que mais me encanta.. falar dela me encanta e ler tb.. algo misterioso sempre. bjs e lindo dia

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  5. Sensacional Parodia sobre la Muerte y sobre el Amor después de la Muerte...¡¡¡Mira que haber cuernos, todavía, a esas alturas!!!
    Muy bueno.
    Abraços e beijos.

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