domingo, 8 de julho de 2012

Nego-me amá-lo



Acordo, meu eu leva-me ao mar
A lua já está no bem alto do céu
Não sei onde estou, fico a vagar
 Meu belo corpo ereto fica ao léu

Olhos meigos e fixos a qualquer lugar
A bela lua entristecida bebe meu querer
Que com pena de mim fica a choramingar
Sonhos tristes a me consumir sem saber

Vazio manuseia a essência da harmonia
Ouço batidas do coração em sofreguidão
Corpo gelando e uma profunda agonia
Solidão, minha companhia: a escuridão

Lágrimas jorram à azular as águas
Ficam mornas por não poder amar
Esse amor tenho que  embalsamar 
Não me pertence e apago as fráguas

UM DIA QUEM SABE VOU
PODER AMÁ-LO




sexta-feira, 6 de julho de 2012

Bolhas de sabão


Lamoart

Como é bom ser uma inocente criança
Correr entre lindos campos verdinhos
Tentar pegar e estourar bolhas de sabão
Só para sentir os respingos d'água no rosto

Mas as bolhas eram muitas, tropeçava e caia
Rolava a sorrir num tapete da verde natureza
Não tinha nenhum irmãozinho para brincar
Comecei então a plantar flores em vasinhos

Claro eram flores de todas as cores e tipos
Que troquei meus vasinhos por coloridas latinhas
Fiz então do meu campo verdinho bem colorido
De margaridas, papoulas, alecrim, orquídeas...

Assim fui formando um lindo jardim perto da casa
Acordava toda manhã, a primeira coisa que fazia:
Correr até o meu jardim, dar bom dia e sorri  muito
Meu amor pelas plantas tomou conta do meu ser

Fui crescendo com a beleza do meu lindo jardim
Hoje mostro a todos vocês como ficou meu canto
Enfeitado de flores da cor da minha louca paixão
Paixão que aflorou pelo encanto das flores naturais

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QUE TODOS OS MEUS LEITORES TENHAM UM 
BOM FINAL DE SEMANA
FLORES PARA TODOS


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LUA SINGULAR AGRADECE
AS VISITAS


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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Lamentos no canavial


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Vivo numa cidade rodeada de canaviais por todos os lados, onde trabalham nordestinos remunerados, trabalho este que na época da escravidão eram feitos pelos infelizes escravos, agora pergunto: por que a fome e falta d'água  no sertão se assemelha a escravidão? Lá parece um deserto sem areia e oásis e nem a chuva cai dos céus.Parece até maldição, pois foi perto dali que começou o tráfico dos negros advindos da África, vendidos pelos seus próprios irmãos como cavalos de raça. É, mas perto do sertão adormece um grande rio, mais conhecido por "velho Chico" que seria uma solução.
José Bonifácio de Andrada e Silva ficou conhecido nas histórias que podiam  ser contadas nas escolas, como o patriarca da independência e tutor de D.Pedro II, mas ele não foi só isso, mas o que algumas pessoas não sabem é que ele foi o autor de vários escritos, planos de tornar a vida dos escravos mais humanas, só que esses belos escritos ficaram sucumbidos e amarelados pelo tempo e, talvez, não sei, por medo de ser exilado do Brasil, guardou-os só para si e, se esses escritos fossem concretizados, até eu gostaria de ser uma linda escrava...Tenho medo de passar perto dos canaviais, pois ouço os lamentos dessa maldição que assolou o Brasil, quase que semelhante as atrocidades de Hitler, ser asqueroso que somos obrigados a estudar na história do mundo.
Muitas vezes, aos domingos pego o carro e saio pelas ruas da cidade e, com uma vontade imensa de visitar meus novos e antigos amigos que moram em sítios e fazendas, mas tenho medo de passar entre trilhas cercadas por canaviais e, a qualquer barulho, meu coração acelera por medo e tristeza, quando penso que há muitos anos, escravos que envelheciam aos trinta e cinco anos, pereciam de fome, de sede, trabalhos desumanos e castigos dados por capataz e muitos desses infelizes tiveram suas vidas ceifadas por um regime burocrático e autoritário e muito poucos tinham medo de se rebelar e eu, particularmente dou "vivas" à Zumbi dos Palmares, que morreu como herói, tentando inutilmente acabar com a escravidão e, muitas escolas tem o tabu de dar esses conhecimentos para seus alunos, os meus não só conheceram as histórias verdadeiras como passava filme sobre os Quilombos do Palmares para terem ciência de todas as Histórias verdadeiras contada à eles na sua íntegra. Por que escondê-las? Essa é uma das muitas vergonhas que todos têm que saber.
Por que no lugar da cana não se plantam alimentos e fertilizam essa terras pobres em nutrientes que só servem para o plantio da cana? Não, isso não interessa ao Brasil, pois é o álcool, combustível  farto no Brasil que move a economia de um país que cresceu às custas das mesas vazias, da falta de uma educação de qualidade, dos baixos salários, da fome dos menos favorecidos. Será que nosso alimento num futuro não distante será só a cana de açúcar que antes eram plantadas umas moitas no quintais das casa para alimentarem os burros e as éguas para o trabalho com a carroça? Nem quero viver se isso acontecer, ou então os alimentos serão tão caros que poucos poderão comprá-los,advindo simultaneamente a morte pela fome e sempre digo essa frase ao meu marido " Vai ser uma guerra de foice no escuro"...
Hoje, temos mais carros circulando na cidade do que pessoas trabalhando, mas como isso é possível? É a vontade de ter e não poder, depois vem os financiamentos,nomes sujos e por fim só sobram as bicicletas.
A cidade está muda, ouve-se o triste chilrear dos pássaros que perderam seus espaços e hoje nos fazem companhia e os jovens depois de formados batem asas e voam para outras cidades, ficando aqui só os velhos, vivendo de uma mísera aposentadoria que não dá para o seus mínimos sustentos ( Uma outra vergonha nacional).
Votando ao tópico deste, pergunto: por que não se leva água para o sertão? Talvez a falta de vontade política, enquanto os pobres nordestinos quase morrem de fome e de sede, a cúpula ganha rios em dinheiro e ainda debocham do povo sofrido, como se eles fossem vermes nojentos, talvez pensam que serão eternos.
Passam presidentes e mais presidentes e para eles o mais interessante é viajarem à negócios para outros países para dividirem reservas e serem conhecidos pelo mundo e o nosso Brasil se afundando cada dia mais...e, se esquecem que é tão fácil levar água para o sertão, mas esse investimento não traz votos, pois a maioria deles são analfabetos e graças a Deus parece que o voto cabresto acabou.
Portanto, meus queridos leitores, os homens só serão livres na sua plenitude quando uma peste devassadora assolar toda a raça humana, tenho pena das plantas e dos animais; sobrando só os lamentos dos mortos, e tudo isso poderia ser diferente e só não o será pela ganância e crueldade do ser humano.

Meu coração em frangalhos


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Nesse quarto fico à espera do sono
Não vem, acendo o abajur e leio...
Por ora devaneio e surge tua imagem
Não és tu amor, apenas uma miragem


Numa manhã serena, calma foste embora
Deixando apenas um mal escrito bilhete
Me perdoe amor, vou sumir para longe
Não quero que sofras nunca, nem agora


Catei o bilhete chorando, abri teu guarda-roupa
Faltavam algumas peças e saí a tua procura
Ninguém sabia de ti, coloquei cartazes e nada
Chorei,enlouquecia, lágrimas jorravam do nada


Os anos foram passando coração apertado
Um dia alguém meio estranho bateu à porta
Senti estremecer todo meu coração apertado
Abri a porta e uma mulher deu-me esperança


Leu, por acaso, numa praça meu desespero
Penalizou d 'um amor profundo teria que saber
Que tua amada ainda vivia... doente à sofrer
Como um furacão sai com louco desespero


Num casebre triste, quase que desfalecida
Encontrei minha outra metade muito fragilizada
Peguei-a em meus braços levei-a ao médico
Na mão tentava esconder um exame penoso


Desfaleceu, tua mão abriu e o médico leu: câncer
Não acreditava, escondeu de mim todo teu sofrer
Mas, por ironia do destino esse não era teu mal
O laboratório trocou exames, nada constava afinal


Após três meses de recuperação e muitas alegrias
Chegamos ao nosso lar, nosso aconchego de amor
Carreguei-a no colo aos beijos com infinito calor
Rolamos na cama até o alvorecer como em núpcias






terça-feira, 3 de julho de 2012

Ecos do passado ( ficção)


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Tempo passado, tempo vivido, tempo que se vive e tempo em que se viverá  e, sempre haverá uma incógnita, mas ecos do passado me da uma raiva danada de não poder voltar o tempo e modificar os feitos por obrigação, gostaria de ser uma bruxa para desfazer um passado cruel, sem poder ter opiniões próprias, de dizer sempre amém, não poder escolher minha profissão, meu marido, minhas roupas, minha religião, meus passeios e nem o direito de dar boas gargalhadas. Era feio: moça tinha que cobrir suas vergonhas, que vergonhas? Mostrar os joelhos era vergonha...Esse passado era uma mentira, pois o pecado, a traição e o fanatismo religioso sempre existiu às ocultas e o que as jovens faziam para ter um pouco de liberdade: mentir...mentir agora e todo tempo, namorar às escondidas e algumas bobinhas até engravidavam: coitadas, seus castigos eram cruéis.
Jovens lindas e buchudas, como diziam, eram expulsas de casa e sabem onde seriam suas moradias? Os bordéis da vida, ali tinham seus bebês, acabando a dieta, tinham que dar duro com aqueles homens nojentos e inescrupulosos até quando envelhecessem, algumas tinham sorte e eram levadas dali para se casar com algum apaixonado (era raro, mas acontecia) e hoje, relembrando meu passado sinto nojo de não me rebelar contra aquela escravidão advinda de uma criação patriarcal prepotente e sem nenhum carinho por seus filhos e mulher. Em falando em esposas, naquele tempo, no outro dia após o casamento, elas ganhavam de presente do seus brutos maridos: um avental, um lenço e uma enxada para trabalharem como umas bestas selvagens e aguentarem a embriaguez de seus maridos, que aos finais de semana chegavam de madrugada, pois passavam as noites na zonas com as damas perfumadas e ai se dessem um "piu", apanhavam até desfalecerem.
Eu tive um pouco mais de sorte, casei-me com um rico fazendeiro, deixando para traz o amor proibido da minha vida. Era um homem um pouco mais educado, mas nada carinhoso e na hora de fazer amor era como um cão selvagem que ao satisfazer-se,  não  preocupava se eu sentisse prazer ou não, virava o traseiro para mim, a besta da sua mulher, e roncava feito um porco gosmento, mas... enfim não precisava trabalhar, tínhamos nossos empregados e os filhos nascendo a cada ano...
Ai, que raiva desse passado... Mas agora vou passar uma borracha na minha mente, apagar os ecos do passado, pois hoje sou feliz e tenho lindos netos que são a razão do meu viver.

OBS: Essas mulheres são de um tempo bem longínquo que hoje já descasam eternamente em suas tumbas. Que horror!

Quanta paixão...


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Cinema lotado, o filme? Não lembro
Só recordo dos seus beijos quentes
Segurar suas mãos fortes e ardentes
 Querendo deslizar meu corpo todo

 Corpo ardia, mergulhava em emoções
O seu, então, parecia um louco vulcão
A todo instante ficávamos em ebulição
As mãos ficavam grudadas com pulsões


O beijo tinha gosto romântico de paixões
Na saída o ar já mais puro que do cinema
Refrescava nossos corpos, ele  me dizia:
Perdoe, meu amor, fico todo em vibrações


Por quatro vezes na semana tudo se repetia
Um dia já esbaforido, falou aos meus ouvidos:
Quero me casar, como você antes insistia...
Matar essa paixão e não perder os sentidos



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segunda-feira, 2 de julho de 2012

O espetáculo da vida


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Se você não tem olhos para ver o maior espetáculo da vida
Mas ouvidos para ouvir os barulhos do infinito Universo
E um amigo para ajudá-lo a decifrar as belezas da vida
Você desfruta em júbilo dela, pois é um afortunado...

Afortunado não com as riqueza que o dinheiro compra
Mas o de poder molhar os pés debaixo da cachoeira
Sentir o borrifar das gotículas d'água à molhar seu rosto
Classificar as inúmeras flores pelos aromas à beirar seu lamento

Ah! Meu amigo, agradeça escorregar na lama e nas águas límpidas
Tocar com delicadeza nas aromáticas orquídeas e por elas suspirar
Com seu amigo subir a encosta molhada, esverdeadas e escorregadias
Uma forte mão irá segurá-lo à continuar e, ouvir os pássaros à chilrear  

Não se lastime, você tem a mais linda e brilhante pedra preciosa
Um amigo, que após seu trabalho vai, todos os dias lhe dar um olá,
Convidá-lo e levá-lo, mesmo amando, à sentir um espetáculo da vida
Indescritível, o belo espetáculo do Universo: O Crepúsculo do anoitecer





sábado, 30 de junho de 2012

Desilusão


Tumbir

Saí caminhando a esmo, quando percebi estava num campo de rosas vermelhas. Começou a chover e as gotas de chuva se misturavam com minhas lágrimas, pois com meu coração dilacerado e desiludido por amar tanto alguém que sem que eu percebesse enfiava pausadamente uma flecha invisível no meu coração, causando-me uma dor terrível do abandono. Sempre me dizia que era mulher total e me amaria para sempre.
Agora eu percebo aqui, onde me encontro, que nesse lamaçal onde piso é o lugar mais limpo de toda a minha vida, pois aqui encontro paz, converso , em meio a solidão, com as rosas e passo raspando entre espinhos que roçam minha pele como se fossem de algodão, então, eu percebi tardiamente que o homem, quase na sua totalidade é insatisfeito, egoísta e muitas vezes não consegue amar nem a si próprio.
Voltando ao jardim de rosas vermelhas, meu pranto era sufocado com o nascer d'uma pequenina rosa que aos poucos ia crescendo e ofuscando meus olhos pelo seu brilho encantador. Sorriu para mim, um sorriso maroto mostrando-me lindas pérolas, daí entendi que são nas pequeninas coisas que encontramos lindos momentos felizes, não precisava me embelezar para esperar meu amor, que sem piedade me trocou por outra e ainda riu do meu sofrer, foi aí que a rosa bebê ensinou-me uma bela lição: que temos que nos gostar mais de nós mesmos para que tal sofrimento não se torne mais tarde uma triste desilusão.
Conversamos muito, ela era uma criança mas me dizia: eu tenho vida curta de grande esplendor, daqui a pouco chegam os homens e, sem piedade nos cortam para nos vender em qualquer lugar e, enquanto viçosas vêm nos borrifar com águas frias que às vezes pensamos ser gotículas de orvalho, mas que nada e não demora muito somos jogadas no lixo sem piedade e, eu lhe  pergunto garota: você é linda, inteligente, perfeita, sabe andar com seus próprios pés e vem aqui se lamentar? Você pode reconstruir sua vida com outro rapaz que irá lhe fazer muito feliz e nós? Não nos dão tempo para sermos um pouquinho felizes aqui nesse nosso habitat. Acorda menina, corra atrás dos seus objetivos, não deixe que a apatia de uma separação a faça uma jovem amarga e infeliz. Corra, o tempo urge e a hora não espera.

Tumbir

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O encanto da poesia


A imagem do poeta e a musa

Sonhamos acordados e nele a inspiração transporta do nosso cérebro toda beleza à cada verso. Um mundo fantástico e imaginário que há tempos muito de nós pudemos vivenciar e sonhar: ouvir o gorjeio dos pássaros, hoje mudos, pois não têm onde morar; sentir na pele a mudança das distintas quatro estações do ano; sentir o cheiro das flores entre campos verdes  molhados de orvalho no crepúsculo do amanhecer; comer milho verde assado nas brasas do fogão a  lenha, enquanto os pinhões já há horas sendo cozidos no mesmo fogão. O frio era intenso e dormíamos todos juntos para aquecer os corpos; beber água das nascentes que hoje o homem está matando e, elas secando dia após dia; comermos alimentos frescos vindos da terra sem esse adubo com agrotóxicos. Já viram o tamanho da cenoura e outras leguminosas de hoje? Pois é, antes eram pequeninas e saborosas, assim como as as frutas... Mas hoje a balança urge e os preços é o vale quanto pesa, o gosto parece tudo igual: gosto de nada; beber leite puro vindo diretamente dos sítios, fazendas e, com o leite traziam ovos, frangos caipiras, muitas leguminosas e verduras fresquinhas; ouvir os contos de fadas dos avós e, assim a cada conto, formávamos um reino diferente em nossa imaginação: reino encantado com príncipes e princesas, fadas e também... De assombrações, onde à noite, cobríamos a cabeça com o cobertor, sentindo medo que elas viessem nos puxar pelas pernas.
O tempo vai passando e nos tornamos crianças adultas e maduras à contar em forma de poesias nossas belas reminiscências.
E o amor? Suáveis, beijos ternos ou cheios de paixões reprimidas; belos carnavais juntinhos; os bailes com rock, twiste, boleros, sambas e outros ritmos e, num encontro mais romântico, tomar martini com cereja e, entregar com os lábios a pequenina fruta ao seu amor num interminável beijo.
Ah! Belo romantismo que o tempo matou...Onde foi parar o amor romântico? Hoje só vemos sangue nos relacionamentos o que se assemelha do hoje para o ontem é que era o sangue do fogo da paixão.
Portanto, cada um no seu tempo; tempo passado, tempo atual são sempre tempos que devemos viver com  a intensidade do amor e o saber apreciar o que resta das belezas naturais que Deus nos deu, pois esse tempo também irá passar. E a vida continua...


domingo, 24 de junho de 2012

AMOR MADURO



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Amor maduro é firmado na verdade
Não tem briguinhas, nem futilidade
Tem comprometimento e sentimento
São corações com amor e discernimento

É um completando o outro, beijos quentes
 Fortes paixões são arrojadas e verdadeiras
Pois esse amor não se baseia em mentiras
É amor completo que deu boas sementes

No aconchego do lar há bom relacionamento
Há alegrias, há filhos, há união, dor e tristezas
Mas, existe equilíbrio emocional com sutilezas
Que faz aquecer o corpo com o fogo sedento

São duas almas e dois corpos comprometidos
Com o trabalho, o respeito e com a felicidade
 A rainha do lar carrega no sorriso a sobriedade
O rei completa a rainha com seus beijos infindos

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sábado, 23 de junho de 2012

O lamento da rosa


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Oh! Quanta dor sinto no meu peito!
Minha vida é curta e você homem
Com uma lâmina cruel, mata-me
Até a esperança de ver mais um dia
o curioso esplendor do pôr do sol...


Deixe-me viver meus últimos suspiros
Não aguento mais ser buquê de noivas
Enfeites de caixões fúnebres, é demais
Vim a esse mundo só para encantar...


Deixe-me na roseira com minha família
À orvalhar até o crepúsculo do entardecer
Tomar banho de chuva miúda e gelada
Se vier um furação, quero morrer aqui


Homens, suas vidas são muito longas
Para nos trucidarem com tamanha maldade
Pois poderia viver algumas semanas a mais
Rodeadas de lindos beija-flores e belos insetos




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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Amor cigano


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Amor cigano não tem fronteiras
 Nem correntes, é livre como um pássaro
 Voando em bando a reluzir seu esplendor...
Tem colorido, tem miçangas, tem brilho
 E um vulcão em forma d'uma paixão

Não tem residência fixa, nada o prende
 Mas, quando uma paixão tende a morrer
Outra aparece com mais êxtase e rubor
É como fosse uma fornalha mais ardente

Esse amor cigano que muito nos atrai...
 Todos temos pouco, ou muito dentro de si
Adormecido, talvez, por vergonha boba
 Da sociedade que não está nem aí com você
Dê um basta a tal sociedade fingida e puritana


 Vamos viver a vida cada um com muito ardor
Brilhando a todo instante e a  cada minuto
Com amor e um belo rebolado de paixão
Sempre a sorrir, a dançar e a brilhar

Nunca se esqueçam, num estalar de dedos
 A vida passará e ficará gostosa saudade
 De quem soube viver com loucura de amor
Deixando de herança para os seus filhos: 


A magia do encanto, da liberdade, do vermelho
 Como o forte colorido das deslumbrante rosas
 Que é sangue, faz brotar beijos intermináveis
Que acorde o amor cigano dentro de nós!

É, mas esse amor tem que se alimentar bem
Esse alimento vem da terra, dos artesanatos
Pois, amor cigano não se prende a lugares
E muito menos à frente d'uma escrivaninha


Amor cigano não é fantasia, é só ir buscá-lo
Dentro de si: solto, livre como os pássaros
 Vive o hoje com doçura e tanta imensidão
Como se nunca houvesse o triste amanhã

segunda-feira, 18 de junho de 2012

MEU MUITO OBRIGADA A TODOS...


HOJE QUERO FAZER UM AGRADECIMENTO
A TODOS OS PAÍSES QUE ME AGRACIAM
COM SUAS CONSTANTES VISITAS
ATUALIZAÇÃO 06/07/2012
Muitos com UMA já sumiram 

MEU BRASIL: 88.238


PORTUGAL: 5054


ESTADOS UNIDOS: 1779


RÚSSIA: 849

ALEMANHA: 682

CANADÁ: 105

ANGOLA: 106

REINO UNIDO: 108

SUÍÇA: 66

FRANÇA: 61

JAPÃO: 13

ITÁLIA: 2


      PANAMÁ: 2













      TURQUIA: 1


domingo, 17 de junho de 2012

A máscara dos sórdidos


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Existem pessoas que se escondem atrás de uma sórdida máscara para usar outras para atingirem os seus objetivos, esquecendo tais pessoas que ninguém é totalmente desprovido de inteligência capaz de não saberem usadas e, esperam com astúcia, hora certa para desmascará-las.
Pena que essas pessoas não conhecem o grau de discernimento de outras que as cozinham vagarosamente em fogo lento até que a raposa medrosa corre, derrubando pelas suas ignorâncias a máscara do anonimato e, aí? Ficam à mercê da vergonha e a falta de crédito.
Não é difícil reconhecer essas pessoas que sugam as outras de bom coração, pena que elas não deveriam menosprezar a inteligência dos outros e mentem para  se colocarem como santos cordeirinhos, clamando em vão o nome do Senhor.
Meu Deus! A cada dia que passo aqui na Terra, sinto que o homem está ficando mais intolerante, dos dias de outrora. Será o final dos tempos?
Portanto, meus leitores: feliz aquele que é justo e sábio, a ponto de afugentar de sua vida esses tipos de pessoas que são os escárnios da humanidade.

sábado, 16 de junho de 2012

Onde Deus escondeu a felicidade?


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Ele não a escondeu, pois, no dia do teu nascimento, Ele colocou uma semente minúscula da felicidade na metade do teu cérebro e, não obstante o Diabo fez o mesmo n'outra metade.
Não importa em que família tu nasceste, pois, quando tu tiveres discernimento saberá qual sementinha irá regá-la com carinho ou escárnio. 
Se tu escolheres a sementinha do bem, tu terás de cuidar muito bem dela: agradecer todos os dias a vida dada por Deus; os dissabores, a luta pela sobrevivência, as decepções, a fome, a miséria, as desgraças e, se tu suportares tudo isso, quando morreres um anjo Divino pegará em tua mão e a levará para os céus, onde irás reinar com Deus no paraíso, aí, teu semblante brilhará de tanta felicidade.
Ah! Mas se tu escolheres a sementinha do mal, cuidar dela com afinco, o Diabo irá fazer-te uma pessoa má, altruísta, poderosa, bem sucedida,  com prazeres mundanos e, com todos esses adjetivos escabrosos, a ganância e a prepotência irão tomar conta do teu ser, ignorando os necessitados, zombando deles.
É... mas está chegando tua hora de partir com o Diabo e tu não queres, fica "arrependido", mas não adianta teus lamentos, pois, um anjo mau irá pegar tua mão e jogá-lo no inferno, aí sim, tu irás ver o que é sofrimento eterno. Eterno: palavra doce ou amarga.
Portanto, meus amigos: Deus não escondeu a felicidade, ela está dentro de nós e, muitas vezes, não queremos cuidar dessa sementinha que Ele nos deu com carinho.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Ao meu eterno namorado...


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Com dois dedinhos meus
Faço-te um carinho
Aperto-te em meu peito 
Dou-te um beijo ardente
Que seja eterno esse amor
Até que outra venha roubar
esta louca paixão
E com amor suspirante
arrebentando meu peito...
Passa o tempo, coração doído
Até que outro chegue
devagarinho
Um forte beijo
Com paixão
Passa tempo...passa...
Os beijos se transformam
em brigas, ciúmes
Crianças choram
Esquece dos carinhos
Mais um pouco, filhos grandes
Muito trabalho, suspense
Esquece os fortes beijos
Desperta tristeza...
Por que tristezas? Tempo passa
Filhos casam, uns voltam
Outros seguem caminho
Que serão como todos
iguais aos 
eternos namorados
Que sufoco
Não é fácil não
De repente, bate saudade
O tempo passou
Acaricio teu rosto enrugado
O beijo ardente
Transformou-se em pena
À voar belas recordações
dos namorados
de outrora
 Saudades ficaram.
Ao meu namorado
eterno
Será sempre um amor
Que valeu e vale a pena
Ser vivido e viver
Até quando?...
Só Deus à saber...
Feliz dia dos namorados
para todos os 
eternos apaixonados...


Lua Singular comenta: 
Meu filho digita para mim
A mão e o braço estão imobilizados

sábado, 9 de junho de 2012

Triste destino (ficção)

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Numa bela metrópole do Rio Grande do Sul, nasce William, um lindo garoto de pele clara e olhos azuis. Nesse mesmo dia a criada do milionário deu a luz a Kelly, uma menina de cor jambo de olhos azuis.
Passado alguns anos a criada ainda continuava seu trabalho no mesmo local, pois tinha que criar sua filha...Até que um dia Kelly já com seus quinze anos, quis conhecer o local de trabalho da sua mãe. É claro, ela pediu permissão ao seu patrão que não se importou, mas com uma exigência: desde que a jovem não saísse da cozinha e assim aconteceu. O filho do patrão tornou-se um lindo jovem que nesse dia foi nadar na piscina do jardim da mansão. Da janela da cozinha, Kelly acompanhava os movimentos dele e num instante, William percebeu alguém na janela. Pegou seu binóculo e seu coração palpitou ao ver aquela maravilhosa jovenzinha da cor de jambo e olhos azuis como os seus.
No mesmo instante perguntou a sua mãe quem era aquela jovem que estava debruçada na janela e ela respondeu: é uma pobretona, filha bastarda da nossa criada de muito tempo.
Passado alguns anos, nunca mais William viu Kelly e já com vinte e um anos, uma força descomunal pairou no seu pensamento: queria saber do paradeiro da jovem, pois a criada, já aposentada, não trabalhava mais lá.
Um dia...quando seus pais foram a uma reunião formal, William mandou os empregados dormirem e sozinho começou a vasculhar numa escrivaninha algum papel que mostrasse o paradeiro da criada. De tanto procurar achou...
A princesa dos seus sonhos morava numa pequenina cidade do interior de São Paulo. Arrumou sua mala, pegou todo dinheiro acumulado de suas mesadas e rumou à procura do seu amor de quinze anos que nunca saiu do seu pensamento.
Chegou à cidade de trem, desceu e perguntou a primeira pessoa que encontrou se sabia o endereço de Kelly e, com este, logo encontrou sua casa. Ficou ansioso e seu coração a palpitar, quando bateu à porta da sua casa: Kelly assustou, tremeu e começou a chorar ao ver quão lindo era o seu amor. Então,William perguntou por que ela chorava, e ela respondeu: eu não posso concretizar esse amor com você, pois por um triste destino, você é meu irmão. William chorou tal uma chuva interminável.Os dois se abraçaram, ele deu-lhe um beijo na testa e partiu.
De volta a mansão de seus pais, eles estavam enlouquecidos a sua procura e o pai perguntou: aonde você foi William? Ele respondeu: fui atrás de uma jovem por quem me apaixonei aos quinze anos, era Kelly, a filha da criada. Seu pai estremeceu: não se preocupe meu pai, pois eu sei que ela é minha irmã.
Assim é a vida: a mãe de William divorciou-se do seu pai, por tê-la enganado por tantos anos e William fez questão de morar com sua sofrida mãe numa simples casa no interior de Goiás.
Chegando lá, continuou os estudos, conheceu outra jovem, não era o mesmo amor, mas casou-se com ela  e tiveram um casal de gêmeos: o menino parecido com o pai e a menina com o seu amor antigo. Ironia do destino... Ninguém nunca mais tocou nesse triste episódio. 
Virou mais uma página do livro da vida de William e com certeza Kelly também fez o mesmo.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Meu poema para ti meu amor


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Num pedaço de papel a caneta desliza
Para escrever esse poema para ti
Nesse poema te agradeço e enobreço
O amor e dedicação que tu me destes

Vou entregar-te no aniversário
Do nosso enlace matrimonial
Um poema só de palavras de amor
Que dedico a ti meu amor

É assim...

Vinte anos se passaram depressa
A cada dia que passa te amo mais
Tu foste e ainda és minha mulher perfeita
Que até hoje emociona meu coração

Compartilhamos juntos os problemas
Nossas alegrias, tristezas e saudades
Tu tens a força d'uma leoa selvagem
Não  desesperas e sempre tem soluções

Quando te conheci era uma linda jovem
Totalmente ingênua, meiga e sorridente
Teu lindo olhar tinha a cor do mar sereno
Teus cabelos trançados da cor do sol

Tua pele macia parecia nuvens do céu
Jamais irei esquecer o teu vestido xadrez
Era lindo da cor das matas nativas
Teus olhos derrubavam lágrimas azuis
Quando dizia que te amaria para sempre

Hoje estamos mais velhos e ainda te amo
 Ainda me deste lindos filhos parecidos contigo
Nesse aniversário de casamento, quero dizer-te
Amo-te com a mesma doçura de antigamente

Tu foste minha força, minha esperança
Por isso, neste lindo dia quero dizer-te
Valeu a pena viver um lindo amor contigo
Amo-te minha companheira e te amarei
Até o além das nossas vidas pós morte