domingo, 16 de dezembro de 2012

Quero agradecer!






Agradeço de coração  J.R.Viviani 
 Mestre dessa grandiosa obra
Uma obra de formar poetas e autores
Meus sinceros agradecimentos
A todos que me prestigiaram, deixo meu presente:
 e


Gracita, Chica, Carmem Lúcia, Vera Portela


Ghost e Bind, Chico Bueno, Maria Tereza Fheliz

Everson Russo, Maria Machado, 

Nádia Santos, Jaqueline, Por toda a minha vida

Elvira Carvalho,Rosa Matos, Mary

 Célia Rangel, Vilma Piva, Metamorfoses

Escritora de Artes, Evanir, Clau

Bia Hain, Zilani Célia, Lu Nogfer

Rita, Bento Sales, Maura

S óniaM, Pedro Luis López Peres

Sissym, Cesar, Clarice Moreno

Tunin, Roseli Rosa, Viviani.S.C.P.

Janete Sales(Dany), Kellen Bitencourt, Bruxa

Mariangela, Orvalho do céu, Ana Salviato

Elias  Akhenaton, Marília Bonatti

Rosa Branca, ricardo alves, Isa Lisboa

Dídimo Gusmão, Duendes, Maria Alice Cerqueira 

Rio Sul2012.com,Patrícia Galis, Sonia(Mattiva)

Tunin, António Manuel- Tómanel



Levem essa gracinha com vocês








Dorli Silva Ramos
A
Lua Singular

Os que vierem fora de hora
Vou colocando
Acima

Uma realização de:
http://www.vendedordeilusão.blogspot.com.br 

sábado, 15 de dezembro de 2012

MIMO DA GRACITA


Parabéns Dorli !!!!!!





Amiga querida quero te aplaudir
pela exuberância da sua tessitura
Você é uma escritora super talentosa
Seus contos e poemas são um deleite para o leitor
Parabéns querida
Você merece todas as honras e homenagens
Beijos
Gracita

Clicar no banner ao lado
Obrigada
Lua Singular

Meu pequeno paraíso





Ah! se eu pudesse sumiria da cidade
Para morar num casebre à beira d'um rio
Onde eu e meus familiares pudéssemos sorrir
Na tranquilidade de uma vida sem desamor

Uma vida simples, um fogão a lenha e um casebre
Iria  rodeá-lo de lindas flores do campo coloridas
De todos os tipos, cores, tamanhos e fragrâncias
Plantaria na beirada da estrada flores vermelhas

A relva verdinha, fresquinha de orvalho do alvorecer
Um rio enorme para poder nadar com toda família
Depois do jantar, ver aparecer o crepúsculo do entardecer 
Onde o verde dos morros seria intenso para um belo reluzir

Os raios do pôr do sol ofuscando meus olhos dizendo-me adeus
Sentado em qualquer canto fora da casa viria um espetáculo
Extasiado ficaria a ouvir o coaxar dos sapos, o trilar dos grilos
Uma brisa gelada molharia meu corpo deixando-o gelado

Vindo atrás uma forte chuva. Ah! pulava no rio à nadar
São essas pequeninas coisas que todos nós poderíamos ter
Se os homens se amassem, se respeitassem e se tolerassem
Mas, infelizmente, esse lugar fica num canto do meu cérebro
Porque na realidade não posso viver de sonhos, mas o real dói

Deem um clic no mesmo banner
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Dorli  Ramos 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

MEUS VISITANTES E SEGUIDORES




Hoje e amanhã
Não estarei postando
Estarei no blog
hptt://vendedordeilusao.blogspot.com.br
Vejam o banner


É só clicar
Ao lado direito
Desde já agradeço
Os comentários ou visitas
Beijo lunar

Dorli

Minha narrativa




Meus seguidores e visitantes
Não sou nenhuma poetisa
Mas gosto de escrever a vida
Deliro em algumas poesias
Mas, contos? Rabisco alguns
Mas gosto de escrever reflexão e ficção
Foi aí que me aventurei a escrever contos
Esse é de simples leitura, qualquer criança o lê
Se gostarem leem e
Deixem um comentário
eu
vou ficar 
muito feliz
e irei agradecê-los em seus blogs
Obrigada

* * * * *


Dorli Ramos
Minha participação
Em Contos e Prosas
Dorli Ramos ( Contos )


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Dormindo no céu





Procurando um lugar sossegado e um bom astral para descansar meu corpo cansado da labuta diária, resolvi pedir a uma estrela que me levasse até o céu para pernoitar. Pelo  menos, uma vez, queria conseguir encher meu coração de paz, amor, emoções e todos os adjetivos para que eu pudesse comungar com minha família, que estava se deteriorando por falta de diálogo, de discernimento e amor; uma solução de favorecimento a essência do amor familiar.
A brilhante estrela, com seus raios de arco-íris guiou-me até uma nuvem sonolenta e, ali me acomodei.Não conseguia dormir tamanha era a beleza dos habitantes do céu: A lua girava sonolenta, as estrelas trocavam uma com as outras, as suas luminosidades e uma brisa gelada veio acariciar meu rosto, desejando-me boa noite.
Vi bilhões de estrelas coloridas que faziam seu bailado como a dança do cisne, ofuscando umas as outras com seus brilhos reluzentes. Era o espetáculo de um céu todo iluminado, onde só eu, ser vivente, pude presenciar.
Tudo estava indo tão bem, quando uma chuva começou a cair, eu não tinha asas e, mesmo se tivesse não teria como me abrigar das grossas gotas d'águas. A nuvem que me abrigou, assim como as outras escureciam e sem dó e nem piedade jogavam suas águas que caíram no sertão... Sabendo por uma estrela que o sertão brasileiro fora o privilegiado, chorei. Pois era ali que morava.
Quis voltar para casa, a saudade da família doía meu peito e queria ver a chuva cair no meu rincão. Então, a estrela bondosa levou-me para casa, deixou-me sorrateiramente na relva molhada perto das plantações, agradeci a estrela e, chorei.
Chorei ao ver o meu chão encharcado, o milharal sorrindo, meu regato cheio e as mananciais jorrando água cristalina. Bebi dela. Olhei para o céu a estrela sorria minha felicidade.
Adentrei minha palhoça, todos vieram me abraçar, levaram-me até o quintal, as galinhas cacarejavam, os porcos roncavam, os gatos miavam, os pássaros nos seus gorjeios. Então, perguntei: onde está o cavalo? Vinha vindo a minha direção, todo feliz relinchando de felicidade. Passei a mão na sua crina e perguntei: Por que toda essa festa? Minha mulher me abraçou e com os olhos lacrimejando, mas de felicidade, contou-me que eu estava em coma profundo havia três dias. Todos os meus filhos me abraçaram e, naquele lugar, à noite a estrela me olhava e mandava chuva. 
Então, corri para dentro da palhoça para comer   milho  verde assado, na brasa do fogão a lenha.


Dorli Ramos ( Conto )

Prenúncio de chuva




Hoje não houve o crepúsculo do entardecer
Nuvens escuras prenunciam chuva
Aves desesperadas à procura de abrigo
Eu aqui sentada, jorrando lágrimas de amor

Um vento gelado soprava meu rosto
Uma chuvinha fina molhava meu corpo
A relva sorria a chuva, mas chorava minha dor
Meu corpo gelado olhava o cenário obscuro

A chuva caía mansa e meu coração em sofreguidão
Cansada, suada de tantos sofrimentos inúteis
Foi nesse lugar que marcamos nosso encontro 
Mas ele nunca virá aqui, só eu sei o motivo

Vesti-me de branco e do céu desceu um anjo
Era ele, o meu amor que estava n'outro plano
Segurou em minha mão e voamos ao infinito
A relva ficou com ciúmes, mas saúda nosso amor

* * * * *

Minha participação
Em Contos e Prosas
Dorli Ramos ( Contos )


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sufoco de paixões




Visto-me de vermelho, a cor da paixão
Fico à espera do meu amor pra brindar
Brindar nosso imenso sufoco de paixões
Coração palpita, pernas a tremular

Combinei um par de asas vermelho
O tempo está propício para o amor
Nuvens escurecendo, vento a assobiar
Meus cabelos desalinhados pela ventania

Meu amor chega, me beija, pega sua taça
Do vinho bebemos o beijo e a paixão a saciar
Nada para em pé, adentramos ao quarto
Nesse, concretizamos a paixão que me delira

Somos dois desvairados de paixões ardentes
Depois do amor, a calma que envolve a alma
Duas pessoas que se amam de forma doida
Se um dia a paixão acabar, que será do amor?

* * * * * 


Vejam minha participação
Nos Contos e Prosas
do Vendedor de Ilusão
Dorli Ramos ( Conto )

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Ser poeta





O poeta entra na sua iluminada imaginação
Voa todos os espaços pequeninos que encontra nela
Para disseminar alegria, amor, ilusão ou comoção
Deixando reluzir todo o encanto do seu versejar

Suas poesias nos encantam ao ler suas magias
Deixando-nos impregnados com lindos devaneios
Sonhamos, choramos, rimos com seus escritos
Mas sempre embebemos dos seus versos a nos seduzir

Poetisa sonhos vividos e muitas vezes imaginários
Faz desabrochar em seu coração a beleza dos detalhes
Detalhes de um amor que se concretizou ou se calou
Deixa-nos emocionados e faz brotar em nós, lágrimas

O leitor fica alucinado para saber o final da poesia
Deseja ansiosamente que o mesmo seja de alegria
Mas, nem sempre o derradeiro é o que esperamos
À vezes, o poeta nos presenteia com amor ou desilusão

* * * * *


Vejam minha participação
Nos Contos e Prosas
do Vendedor de Ilusão
Dorli Ramos ( Conto )

sábado, 8 de dezembro de 2012

O feitiço...





Estava numa floresta densa
Quando ouvi um barulho: estremeci
O medo tomou conta do meu ser
E na imensa escuridão da floresta vi

Uma linda meia sereia que me encantou
Muitas estrelas tomavam conta dela
Quando quis me aproximar e tocá-la
Todas as estrelas me agarraram

Então ouvi a voz da sereia: deixa o jovem
Ele não tem culpa da minha praga
Uma malvada bruxa me transformou
Numa meia sereia para nunca mais amar

Quando vi o reluzir e sinuosidade do seu corpo
Enlouqueci, como um cavalo selvagem ataquei
Agarrei a linda sereia, peguei-a no colo
Nos jogamos no rio, seu encanto sumiu

Ao sair do rio já não tinha o mesmo brilho
Mas o brilho do seu olhar me enfeitiçou
Beijei seus lábios sedentos de desejos insanos
Virei seu homem e você minha única mulher

Dorli Silva Ramos 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A esfera do amor





Viajando em lua de mel
No carro que ganhei do papai
Feliz, ainda toda de branco
Olhei o céu, estava enciumado

Continuamos nossa viagem de amor
De repente estávamos numa esfera
Numa brilhante esfera celestial
Nus, completamente transparentes

Estávamos sem corpos, mas algo sentíamos
Um bem estar inebriante  penetrou na nossas almas
Era um amor com emoções coloridas...
Esse colorido satisfazia a nós dois

Éramos duas almas longe do mundo terreno
Sem dor, sem fome, sem choro; só amor
Era gostoso o nosso abraço espiritual
Sorríamos ao atravessar um ao outro

 Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Uma estrela da cor do arco-íris




  Nesse cenário inebriante, sentada à beira mar, vejo o sol sumindo no crepúsculo do anoitecer, assim como nesse mesmo lugar há um ano, você olhou nos meus olhos e me disse adeus. Nesse instante parecia que o céu, antes tão lindo, escurecia, anoitecendo todo o meu viver. Perguntar o porquê  nada adiantava e calado sumiu pela praia e, chorei. Nesse instante passa uma pequenina estrela reluzente com as cores do arco-íris e me conforta:
  - Não chore menina bonita, pois cada gota da sua lágrima vai se misturar com as águas do mar deixando-as chorosas e turbulentas e, uma onda grande pode apanhá-la e levá-la ao fundo do mar. Lá a escuridão é pior do que a dor que dilacera seu coração. Enxuguei minhas lágrimas e voltei para casa.
  Em casa, no trabalho todos perceberam que, às vezes, corriam dos meus olhos algumas lágrimas da cor do arco- íris e, todos queriam saber do porquê .
  -Como? Respondia, nem eu sei porque isso está acontecendo comigo e a cada meia hora, as lágrimas coloridas banhavam meu rosto. Fiquei assustada. Nessa noite não conseguia dormir, saí de casa sorrateiramente à noite, descalça, caminhei pela praia escura até chegar no meu esconderijo e, sentei. Ouvi um barulho, assustei, pois meu coração, com a separação, estava saudoso e choroso, qualquer barulhinho pensava ser meu amor voltando para mim. Pura ilusão, ele não voltou.
  No instante que me acomodava naquele acento de pau, olhei para o céu, vi a pequena estrela brilhante vindo à minha direção. Pairou no ar para me dizer que meu amor havia procurado outro rumo e que eu deveria viver minha vida, pois era jovem, bela e encantadora. Sorri. Senti uma fisgada no meu coração, as pernas tremerem e uma forte vontade de amar. Nisso a pequenina estrela virou o homem mais lindo do Universo e, com suas mãos macias envolveu meu colo e beijou meus lábios. Fiquei completamente doida de paixão e lhe disse:
  - Como posso me apaixonar por uma estrela da cor do arco-íris que se transformou nesse lindo homem que esta machucando minhas entranhas de desejos? Ele respondeu:
  - Eu sou uma estrela encantada, mas deixaria de ser quando me apaixonasse por uma mulher e essa mulher é você que conseguiu transformar-me em homem para possui-la com amor. Abracei-o com a fúria de uma loba e, ali mesmo na areia nos entregamos a paixão.
  Dormimos na praia. Acordamos com o alvorecer ofuscando nossos olhos e, levei o maior susto quando não o vi do meu lado, mas vi, quando ele cortava  as ondas do mar e caminhando vagarosamente joguei-me na água: era o meu antigo amor.
  - Meu amor, faz três dias que está desacordada nesse hospital, sofremos um acidente e você foi arremessada para fora do carro, está acordando agora. Me abraçou me beijou suavemente, e eu muito fraca, adormeci.
  Acordei à noite e por uma fresta da janela vi o brilho e o sorriso da pequenina estrela, então compreendi que nossa mente viaja, passei a mão no rosto do meu amor e disse:
  - Ah! Senti saudades de você, beijou-o com a ternura de uma mulher que nunca deixou de amar.


Dorli Silva Ramos

Ama-me





Ama-me do seu jeitinho afável
De me falar, de me tocar, de me beijar

Ama-me com essa suavidade peculiar
De dizer que me inspira, me enlouquece

Ama-me com esse sorriso maroto
De me olhar, me desejar, me possuir

Ama-me com essa sutil força robusta
De amparar, de me acariciar. de me levar

Ama-me com esse seu toque de fúria
De abraçar, de me torturar, de me querer

Ama-me com o seu  lado de menino sapeca
De me fazer sonhar, De ver as estrelas no céu

Ama-me com seu sério olhar de reprovação
De me fazer mulher bela, para satisfazer você

Ama-me com essa meiga doçura de querer mais
De me seduzir, de me expandir nos seu braços

Ama-me com essa ternura que tem seu coração
De me mandar flores para aquecer meu coração


Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O mentiroso




  Conheci Henrique tinha apenas dezoito anos, cheia de sonhos e a alegria de ter um namorado lindo, falava com muita fluência e tinha o cuidado ao me tocar e falar comigo, medo de me magoar. Nunca dizia que me amava; mas suas ações eram de um homem apaixonado, conheci-o à frente da escola, onde meu olhar cruzou com o dele e, meu coração dizia: é esse o homem que me fará feliz eternamente.

  Depois de uma semana de paqueras, ele se aproximou graciosamente até a mim e com toda a delicadeza de um homem cortês, perguntou o meu nome e, foi desse jeito que meu amor foi crescendo, ouvindo suas palavras de amor, seus beijinhos carinhosos e muitas promessas de uma vida a dois com muito amor. Eu acreditei.

  Como morávamos na mesma metrópole, nos encontrávamos diariamente: ia me apanhar na escola e levava-me de carro para casa com toda a doçura de um homem cavalheiro. Comecei a perceber a sua mudança, pois vinha esporadicamente aos nossos encontros, estranhei, pois ele não tinha mais aquele entusiasmo de antes.

  No outro dia, não veio me buscar na escola, fiquei alguns minutos parada, quando de repente toca meu celular: Olhei para trás, vi um jovem com uma beleza inigualável: moreno forte, olhos azuis com o celular no ouvido, foi se aproximando de mim e disse:
  -Henrique não ama ninguém, gosta de iludir as jovens bonitas, mas o que ele gosta são de vadias e, nesse instante, deve esta arrebentando de paixão com outra.

  Pensei, pensei e pedi para Reinaldo, era esse seu nome levar-me até à frente da casa da vadia, ele não queria, mas de tanto insistir, cedeu. Vi o carro de Henrique estacionado, pedi a Reinaldo parar o carro e desci: peguei um batom vermelho e escrevi no vidro da frente: hei de esquecê-lo, seu mentiroso, o que eu desejo para você é o dobro do que estou sentindo agora.

  E, como na vida tudo passa, esse amor também passou, virando assim mais uma página da minha vida. Fiquei um mês só indo à escola. Reinaldo espiava-me de longe, era um verdadeiro cavalheiro, parecia esperar minha dor passar.

 Num dia ensolarado, já curada daquele amor bobo, estava nadando na piscina de casa, quando, mais que de repente, à beira da piscina vi Reinaldo de roupa de banho: forte batidas deu meu coração, estava amando. Jogou-se nas águas mornas, chuviscando meus olhos, abraçou-me, enxugou meu rosto com seus beijos de me disse: 
  - Eu sempre a amei.
  Que amor! Hoje é meu companheiro, pai dos nossos dois filhos sadios e maravilhosos. Como sou feliz! 


Dorli Silva Ramos

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Desventura





Éramos apaixonados, um amor que deveria se perpetuar para sempre em qualquer lugar, os beijos carinhosos me davam a certeza do seu amor. Era educado, tranquilo e muito sutil. Um ano foi o tempo que durou nosso amor, saiu da minha vida, como se nunca tivesse entrado. Que desventura!.

Tinha apenas vinte anos, nunca mais ouvi falar dele. Namorei outros rapazes, mas nunca tive vontade de me casar com ninguém, pois eu só dividiria minha vida com o homem que eu amasse. E o tempo passou, e como passou, hoje tenho setenta anos e passei a vida toda esperando por ele. À tarde ia sentar na praça arborizada da minha cidade para ler, ler era apenas uma desculpa, era a esperança de um dia poder reencontrá-lo. 


 


É nesse banco que eu o espero há cinquenta anos, procurei não sofrer: namorava esporadicamente, ia à bailes, viajava, trabalhava.  Mas todos os dias, após o trabalho eu ia lá no banco ler a saudade.
Tinha esperança que um dia ele voltasse, pois foi nesse banco que nossos encontros aconteciam há muitos anos.Parece engraçado, ninguém sentava nesse banco, não sei o porquê, talvez era a fragrância do nosso amor que ali se impregnou, sempre que chegava até ele estava vazio como está vazio o meu coração por tanto e tanto tempo.

Um dia andando pela cidade a esmo, sem saber onde iria, pois minhas pernas já estavam cansadas de tanta labuta e, já desanimada da espera, comecei a chorar. Nisso um homem de estatura baixa perguntou-me: por que chora? Ao levantar meu olhar meu coração começou a disparar, conheci aquele sorriso, aquele cheiro e ele disse: Voltei, meu amor, não pude voltar pois estava em outro país em guerra. Ninguém entrava e nem saía daquele lugar. Fui conquistar bons empregos e fiquei preso no país e na minha própria solidão.
Beijou minhas lágrimas que escorriam cansadas e disse: vamos viver juntos o tempo que nos resta e sentados não no  mesmo banco para não relembrar tristezas, então escolhemos outro banco em outro lugar e começamos a recordar nossa vida e o amor que não acabou.




Dorli da Silva Ramos

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Fugir de mim mesma





Num louco devaneio alucinante

Quero agora fugir de mim mesma

Minha vida errônea me envergonha

Quero sumir e nunca mais voltar


Adentro a uma floresta com flores

Amarelas como o outono das estações

Traí a única pessoa que me amava

Sei que jamais irá me querer mais


Não sei o acontece com meu corpo

Uma linda flor amarela diz a mulher:

Venha, nós vamos moderar esse ardor

As flores me desnudaram, fitaram-me


Um raio lilás saiu das flores ofuscantes

Entrou em meu corpo, me senti feliz

Vá pra casa, seu homem a perdoará

Sem aquela loucura viveram felizes


Dorli silva Ramos


domingo, 2 de dezembro de 2012

Beijo derradeiro





Eu cheguei para dizer adeus.
Mas antes de ir embora,meu amor
Esse amor que ficou inacabado
Pede-lhe o último beijo, da despedida

É noite menina, não quero mais ficar.
Era noite sem luar, quando ele se foi
Meu coração em frangalhos, chorou
Lágrimas de sangue, lágrimas de amor

Saí às ruas desesperada, soluços de dor
Por mim passou um jovem e perguntou:
Por que choras, minha deusa, eu sempre a amei
Ele se foi, mas aqui ficou alguém para amá-la

Tempo passou, o romance virou amor e paixão
Hoje, encontro a felicidade nos seus braços
Braços que me acariciam com delicadeza sutil
Esse é um amor acabado que me leva às nuvens



Dorli Silva Ramos

sábado, 1 de dezembro de 2012

Mulher arco-íris





És minha reluzente paixão
Mulher arco-íris dos meus sonhos
Linda, esbelta à dançar para mim
Quero afogar-te com meus beijos

És sensual e com teu corpo altivo
Mil estrelas vêm cortejar tua beleza
Gostas da natureza, assim como amo a ti
Enciumado fico com a brisa à molhar teu rosto

Sais um pouquinho só desse pedestal
E venhas me beijar com infinda loucura
Pareces que não meu ouve, serás manequim?
Não, disse ela: primeiro tem que me cortejar

Saímos pelas veredas, cercada pela escuridão
Árvores sorriem nosso primeiro encontro
Jogo-a no grama orvalhada e a beijo a extasiar
Peito suado, coração a mil por hora.O descanso

Dorli Silva Ramos