segunda-feira, 7 de abril de 2014

Noites solitárias




Há anos que venho aqui todas as noites
A leve neblina agarra as estrelas brilhantes
Uma suave brisa gélida envolve meu corpo
Tornando-o sozinho nesse cenário obscuro

Todas minhas noites são solitárias e tristes
Vagueio na pequena ponte à procura de ti
Tu sumiste na surdina e aqui muito chorei
Abraçando amarga solidão das escuras noites

Cá estou para me despedir desse doído cenário
Vou sair dessa solitude que me afoga as noites
Quero trancar minha solidão dentro do armário

Não vou deixar a vida me diluir no imenso vazio
Vou sentir meu corpo tremer de amor e felicidade
Esperar por ti, não vou mais, matarei essa saudade


domingo, 6 de abril de 2014

Ironia ( Reedição )



Há pessoas que por ignorância e estupidez tratam seus subalternos com ironia.
Esquecem tais pessoas que isso só as fazem imbecis e ignorantes, só comparadas a sujeitos como Hitler, Mussolini ou Stálin... Ou seja,seres asquerosos que todos nós somos obrigados a estudar.
A vida profissional é como o subir de uma escada. Ela deve ser escalada gradativamente e, quem sabe, com muito estudo, dedicação e competência possamos chegar ao seu topo.
Porém, algumas pessoas, ao subir o segundo degrau, não por competência e sim por conveniência, querem empurrar com os pés os seus concorrentes, tornando-se malquistas e insuportáveis.
Pessoas desse nível vão bater de frente com pessoas inteligentes e honradas que, num piscar de olhos, irão encontrar-se no mesmo degrau. Só que umas subindo e outras descendo... E, aí, onde foram parar os seres insuportáveis no seu despojar? No vazio das suas ignorâncias


sábado, 5 de abril de 2014

Não te lastimes... ( miniconto)



Mulher, não te lastimes pelo amor que perdeste, pois tu és linda, sensual e maravilhosa. Ele não te merece e diga adeus à saudade, irás com certeza, encontrar a felicidade, felicidade essa que te farás viver belas emoções.
Não o procures mais, troque teu celular, pois rapidamente recomeçará para ti as loucuras de um novo amor, que por ele irás apaixonar.
Não antecedas tuas rugas e nem debulhes lágrimas por alguém que mais tarde irá se arrepender. Ah! Mas aí será muito tarde e ele irá sofrer só ao pensar que teus beijos não serão mais dele, tu acharás graça no desespero desse homem que irá rastejar, desejando que tu voltes.
Não olhes pra trás, tu és especial, merecedora de um amor, que com certeza, será belo e infinito.


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Pequenos detalhes d'um casal





Carla e Felipe se casaram havia dez anos, um casal com comprometimento mútuo e alguma coisa entre eles chamava à atenção dos seus vizinhos, algo inusitado acontecia com eles, pois ao dizer o sim há tempos não esqueceram dos detalhes de suas vidas.
Promessas cumpridas no altar, apesar de não terem filhos, os sorrisos, os beijos, os passeios, as músicas sempre faziam morada no cotidiano deles.
Certo dia, caminhando como sempre num bosque perto de sua casa, Carla passou mal. Felipe chorando pegou-a no colo e, imediatamente entraram num carro vizinho e ela ficou internada.
Pobre Felipe, chorava como uma criança a ausência da sua amada, até que chegou o médico e lhe disse: sente-se que vou lhe contar o que acontece com sua mulher. Ele, endoidecido nem deixava o médico falar e, com um sorriso nos lábios o médico lhe disse: prepare-se para ser papai. Felipe chorou de felicidade, ficou atordoado, não sabia o que fazer e, olhando para uma mesinha na sala de espera viu uma flor e disse ao médico, esta é para o meu amor, amanhã mando muitas flores para enfeitar a sala de espera.
Saiu correndo pelo corredor, quase atropelando os médicos e enfermeiros. Entrou no quarto e a viu sorridente, a abraçou e beijou muito, quando o médico entrou e gritou: O que é isso? Vão se beijar em casa e cuidem tão bem dessa criança abençoada como vocês se cuidam mutuamente.
Nasceu Laura...





quinta-feira, 3 de abril de 2014

Onde mergulho meus ais



Sozinha nesse paraíso lindo e natural
Mergulho meus ais nas borbulhas das ondas
O mar enlouquece com meu corpo escultural
Quer beber-me toda e juntar-me as outras almas

Olho o pôr do sol, suplico sua ajuda urgente
Ele me ouve e apaga as luzes e faz o mar chorar
Mesmo no escuro as borbulhas vêm atrasar
A fome do oceano que está sempre alucinante

Sem a luminosidade do sol o oceano dorme
Posso molhar meu rosto suado de tanto medo
Saio das águas geladas como um rápido torpedo

Quantas mulheres lindas esse mar as engoliu
Muitas lágrimas debulhadas de seus grandes amores
Mas, o mar traiçoeiro as engolem, ninguém emergiu


quarta-feira, 2 de abril de 2014

...Haicais...









Que o dia de hoje seja melhor
do que o de ontem
é o que deseja


terça-feira, 1 de abril de 2014

Não quero sonhar, quero ter-te...



Não quero sonhar, quero ter-te
Entrelaçado em meus abraços
Eu me perdendo em mil delírios

Ver teu corpo másculo e sedutor
Da tua boca roubar-te um beijo
Acarinhar-me no teu lindo peito

Respirar teu cheiro que me embriaga
Acariciar teu rosto na maciez da cama
Beber da tua alma em todo teu corpo

 Eu quero acordar desse meu sonho
Vou procurar-te em sinuosos lugares
 Na bela praia, sentir o teu carinho

Acordei em prantos deitada na relva
Segui o meu destino entrei na selva
Chorei o pranto doído da triste solidão


segunda-feira, 31 de março de 2014

Meus sonhos...




Sonho um grande amor amigo
Que saiba me levar consigo
Numa incessante vida de ilusão
Com imensa alegria e satisfação

Sonho com seus suáveis carinhos
Com fortes paixões eloquentes
Que os dias não sejam monótonos
 Como vidas cortadas em desatinos

Sonho uma noite de amor no mar
Onde as ondas vêm nos arrastar
E um beijo suave no meio das flores

Sonho viver consigo uma longa vida
Quero ter filhos de olhos azulados
Serenos como a nossa doce caminhada 


domingo, 30 de março de 2014

O lindo trinado do Uirapuru



 Morava perto d'uma floresta e todos os dias acordava com lindo trinado do Uirapuru, todos os pássaros se calavam para ouvir a sua majestade cantar. Seu canto mavioso me deixava feliz.
 Sou uma jovem bonita, mas sem os trejeitos das moças da cidade; e ao ouvir o seu canto corria floresta adentro para ouvir.
 Todos os pássaros emudeciam para ouvir o seu maravilhoso trinado, que se repetia por várias vezes à encantar os outros pássaros e quem por ali passava e nessa magia eu sonhava um amor.
 Um dia, ao acordar, estranhei: não ouvi o canto do Uirapuru; meu coração já acelerado, pensando nem sei o quê, corri floresta adentro. Chorei.
 O Uirapuru, mesmo "feinho", mas com aquela voz exuberante conseguiu atrair uma companheira que morava n'outra floresta, sumiu com ela, sabe lá por qual lugar. Voltei pra casa triste.
 Um dia, já cansada de esperar fui dormir tarde e ao acordar, ouvi vários sons diferentes. Dei um pulo da cama e corri para floresta e, para a minha surpresa, bem no alto de uma árvore ouvi o mesmo Uirapuru cantando e quando parava, os filhotes estavam aprendendo o seu cantar; nisso a fêmea começou a cantar bonito, mas nada que se comparasse ao canto do seu macho.
 Sabia que um dia ele iria embora e, como não era de costume, cantou uma melodia triste e naquela noite adormeci como uma pedra, nisso minha mãe me acordou e disse: perdendo hora menina...temos visitas. Quem são, perguntei a minha mãe: são os primos mais um amigo da capital.
 Senti uma fisgada no peito, sabia que algo ia acontecer, tomei um banho, coloquei a melhor roupa e entrei na sala para abraçar meus primos e quando fui cumprimentar seu colega meu coração disparou de felicidade, começamos a namorar e depois de um ano estava casada morando na capital.
 Sou muito feliz aqui no meio desse turbilhão de pessoas, mas foi o Uirapuru que deu-me sorte e mandou um amor pra mim.
  


sábado, 29 de março de 2014

O Refúgio da dor


Teka

Foi assim...
Sem dizer nada
Saíste da minha vida
Não teve dó de mim

Nossa casa vazia
Jardim ficou em luto
Pensamento absolto
Meu sorriso jazia

Meu corpo abrasado
A brisa congelou
Amor despedaçado
Lágrimas debulhou

Um porquê sem volta
Um grande vazio doído
Morre no meu abalançado
Vivo em meio a revolta


sexta-feira, 28 de março de 2014

Mais seis pensamentos meus



*Atrás de uma beleza insinuante esconde-se uma língua mentirosa

*Dizem que quem cala consente, discordo, espera o outro se enrolar em suas próprias ignorâncias

*A voz macia é como uma lâmina cortante, fujamos dela para não nos deixarmos influenciar

*Não seja um carrapato alheio, viva a sua  própria personalidade com honradez

*Seja imparcial nas suas conclusões, pois você não é o dono da verdade

*Só Deus permeia nossos pensamentos, Ele é fiel no seu julgamento


quinta-feira, 27 de março de 2014

Descaminhos...



 Me perdi nos caminhos da vida, saí pelas veredas sem olhar os velhos que ficaram a chorar. Quis me aventurar numa vida de loucuras, facilidades e desamores. Cobri-me de astúcia, onde numa "onda" de amigos, fazia o dinheiro vir com facilidade.
 Rodava as cidades com meus carrões, belas mulheres se arrastavam por "mim" e fui deixando a vida rolar num mar de aventuras. Nunca quis saber mais de meus pais e irmãos que com certeza, caso estejam vivos, choram até hoje a minha ausência.
 Segui em descaminhos, onde a tortuosidade me cegava, deixando um amor a me esperar na saudade da sua solidão.
 De repente, senti-me acorrentado ao desprazer, não via mais alegria na vida, comecei a sentir saudades da Rosinha, minha noiva, que deixei junto com meus pais numa situação de início de gestação, então, comecei a me questionar: Que fiz da vida? Vou voltar.
 Pelos descaminhos tortuosos não fui feliz e dentro do meu peito o remorso doía e queria tentar costurar meus erros do passado e, se desse tempo casar com Rosinha e pedi perdão aos meus pais.
 Agora pobre, sem meus carrões fui retornando a minha casa pensando...Quem sabe eles me perdoam. Cheguei a uma pequena fazenda, onde há dez anos tinha saído, ela estava abandonada; fora saqueada e de longe vi a nossa pequena palhoça. Chorei.
 Minhas lágrimas se misturavam com meu suor e o meu temor estava por acontecer.  Naquela palhoça não havia ninguém. Devo ter matado meus pais de desgosto, a  Rosinha não encontrei, ajoelhei no chão e clamei perdão. Nisso ouvi: papai.
 Não acreditei, era meu filho que correu a me abraçar dizendo: todos os dias no sono do pôr do sol venho cá pra estrada a sua espera. Ajoelhei-me aos seus pés e quando ia pedir perdão ele disse: eu já o perdoei e mamãe o espera em casa.
 Com as mãos atadas nas do meu filho caminhamos e quando estávamos chegando o sol já havia dormido, só se via uma luz naquela palhoça.
 Adentramos a casa, Rosinha sorriu e me abraçando disse baixinho: eu sabia que voltaria.
 Mesmo em descaminhos ela me esperou, só os meus pais não aguentaram a saudade e morreram. Fiquei petrificado de tristeza, quando Rosinha entregou um bilhete onde estava escrito: nós nos encontraremos no céu um dia. Filho, nós sempre o amaremos.  Desfaleci.


quarta-feira, 26 de março de 2014

O que é um amigo do peito? ( Reedição )





 Meu amigo do peito, eu lhe gosto mais do que a mim mesma, muitas vezes eu ralho com você, daí você me ignora, usa de palavras "entre linhas", eu entendo sua raiva, mas eu não ligo, porque você  para mim é mais do que um irmão.
 Besteiras todos fazem na vida, mas isso não é motivo de me tratar com ironia, por que esse sentimento tanto machuca meu coração como o seu. Pra que existe o perdão? Se por ventura eu o magoei, me perdoa, mas tire do seu dicionario essa terrível palavra ironia, me xingue, chacoalhe  meus neurônios , assim eu vou me sentir melhor.
 Amigo do peito é para qualquer hora: na dor, no sofrimento, nas horas difíceis. Tem dia que você fica tão distante de mim, não consegue me perdoar e, isso vai deteriorando seu coração, endurecendo em partículas semi-nuas de raiva e, esse sentimento o envelhece antes do tempo.
 Não deixe franzir sua testa fora de hora, pois você é jovem e essas marcas nunca mais desaparecerão e todos saberão da dureza do seu coração.
 Não quero que você fique só, pois você já está gravado no meu coração. Mas, um dia eu terei que ir embora, sairei de perto de você, não terá mais ninguém para desabafar. O que será de você? A sua companheira: a solidão.
 Amigos, amigas, vamos nos tolerar mutuamente, pois a solidão é a pior miséria.



terça-feira, 25 de março de 2014

Palavras jogadas ao vento




 Palavras inescrupulosas jogadas ao vento vão disseminando no ar e com a chuva poluída com gotas grossas de desonestidade, matando um sentimento lindo de solidariedade para se transformar e formar pessoas perversas no tratamento com seus irmãos.
 Um furacão de asneiras sai da boca de pessoas que entram na faculdade da maldade, escola essa que não tem vestibular e quanto mais cruel é o aluno, mais eficazes são suas notas, dialogando com professores formados nessa mesma faculdade.
 Assim está se tornando o mundo, um querendo matar o outro para rouba-lhe sua casa, sua mulher e fazer dos filhos dessa infeliz, alunos que ganharão prêmios por seus sacarmos diabólicos, tornando no final de quatro anos exímios profissionais do crime.  Crime este que não leva seus subordinados a morte e sim a uma vida de desamores e tristezas, tamanha são as impiedades recebidas pela iniquidade e selvageria de pessoas que jogam essas palavras ao vento.
 Mas como tudo na vida passa, tais pessoas receberão de volta como troféu, as mesmas palavras proferidas a muitos subordinados que choraram a vida. 
 Uma brisa ácida haverá de passar onde cada um irá engolir sua truculência e sentir seu corpo queimar como prêmio pelas suas ignorâncias.
 Portanto, tomem cuidado com as palavras jogadas ao vento, pois elas irão retornar muito impiedosas e doídas e, para o resto de suas vidas a dor da carne e da alma farão morada.


( Vou rodar mais de 300km, volto à tardezinha)

segunda-feira, 24 de março de 2014

O que eu vejo no olhar do meu amor





Cristovam, meu filho


(Blog parado)

Lua Singular

domingo, 23 de março de 2014

Feitiço de amor




Ah! minha loucura!
Desta vez tu não escapas
Da minha armadura
Vou enfeitiçar-te por etapas

Tu zombaste de mim
Por teu porte conquistador
Só querias ficar no botequim
 Zombando do meu amor

Na mata fiz um único feitiço
Alva vela acesa na escuridão
Caíste nas veias do meu coração
Apertado com pouco espaço

N'outro dia passei por ti
Quis conversar muito comigo
Esnobei, disse só domingo
 Valeu o feitiço, morreria sem ti


Lágrimas presas



São milhares de lágrimas que não debulhei
Condensadas estão em meus neurônios
Numa sinfonia de saudades onde abafei
Num dedilhar de notas em desperdícios

O emaranhado de nervos as condensou
Em milhares de belas gotas que sorriam
Multicoloridas, pois o sol nelas batiam
E que no meu olhar seco nunca chorou

Os meus olhos secaram sem o seu amor
E os seus gotejam muitas lágrimas de dor
Somos dois infelizes num triste lampejo
A se juntarem num clarão em desarranjo

 Dê-me um pouco de lágrimas sofridas
Para umedecer os meus olhos ora secos
Chore os meus olhos à virarem lágrimas
Pra quem sabe voltar os amores coloridos



sábado, 22 de março de 2014

Nunca irei esquecer o seu comentário Pérola!



Como assim?
Sem asas?
Sem sonhos?
Parada?
Nunca se para mesmo querendo muito
Tu és muito especial e nada te tira esse
brilho único
A lua tem fases, mas cumpre-as sempre
Tu encontrarás outros caminhos...outros luares
Estarei aqui pra ti....sempre

Beijinhos

1º livro

Meu carinho pelas palavras


Obrigada a todos pelas lindas 
palavras de apoio

Beijos


sexta-feira, 21 de março de 2014

Chuva de outono




Que o outono traga serenidade aos corações dos aflitos
E que abra uma brecha para entrar o amor

É o que deseja


terça-feira, 18 de março de 2014

Meus medos - PARADA !




Caminhando a esmo, não vi a hora passar, me perdi na escuridão da noite em que o céu estava nublado, escondendo as estrelas e  lua que estavam adormecidas.
Saí de casa para refletir a vida e à noite num campo escuro fechado, perdida, o medo veio me fazer companhia.
Nisso ouço barulhos e vi uma pequena luz no meio da escuridão. Era uma pequena borboleta encantada de várias cores e, apesar de ser noite quase matou meu olhar, ela olhou pra mim e disse: vamos voar no céu? Como? Se não tenho asas e não sei voar?
Nisso um par de asas grandes cresceu nos meus ombros e levitei, então a borboleta e eu voamos para o céu maravilhoso e já bem do alto, joguei estrelas coloridas aos meus amigos, cada uma com um dizer de gratidão. 
Se gostar daqui, não volto, mas se a saudade machucar meu coração, talvez eu volte.


Parada obrigatória
No limiar da exaustão
  

A todos os amigos
e
Visitantes Anônimos



Beijos

Atenção: se houver comentários
nas outras postagens
à noite eu os responderei