domingo, 19 de janeiro de 2014

O último beijo



Beijou-me com muita paixão
Apertou-me em teu peito
Sussurrava-me em acalento
Que eu era tua flor-da-paixão

Fui pra casa pensativa
Pensando no teu beijo ardente
De madrugada o celular abraçava
Dele nunca mais sua voz aclamaste

Gostava de te ver a mendigar amor
Agora não queres saber de mim
Abusei de ti sem nenhum amargor
Choro teu beijo com aroma de jasmim

Aquele foi o teu beijo de despedida
Vou sofrer  a minha estupidez
Vê-lo aos longos beijos com outra
Sou hoje, rainha da embriaguez


sábado, 18 de janeiro de 2014

Minha maldição!



 Era exatamente meia noite, na pequena igreja as luzes se ascenderam e os ponteiros cruzavam-se. E eu? Nessa tumba gelada, sozinha, numa força maquiavélica, levantei a tampa e ela se abriu, olhei o meu corpo antes lindo, desejado(...) hoje um esqueleto sem nenhum pedaço de carne a preenchê-lo que range a cada passo que dou.
 De repente ouço um outro fremir de ossos.- Quem será? Meus ossos tremiam de medo, poderia ser de um estuprador. O que farei se não tenho ninguém para me defender? Os passos continuavam mais perto, tal era o bater dos meus ossos de medo.
 Senti uma gélida mão nos meus ombros e voltei-me para ver quem seria, quase revivi de medo. Não era um estuprador e sim meu marido que morrera antes de mim. Fiquei pasma, então lhe disse:
 - Até aqui você não me da sossego? Morreu de tanta vadiagem nos bordéis da vida, ainda bem que agora não tenho que lavar aquelas ceroulas nojentas que jogava no tanque. Ah! se você soubesse, quantas delas enterrei no fundo do quintal. Lembra que quis me bater por não ter ceroula para sair, corri de você; peguei o machado que estava atrás da porta e abri sua cabeça ao meio, nenhum gemido você deu(...) foi o seu fim. Arrastei seu corpo num pequeno matagal, não deixei nenhum vestígio e saí pela vila procurando por você. 
 Você mereceu seu bandido! Gritei por você e a vizinhança veio ao meu socorro. Há!Há!  Debulhei tantas lágrimas de crocodilos que um amigo seu, o João, lembra-se dele? Veio me consolar. Coloquei você nessa tumba gelada e, não demorou muito tempo casei-me com ele. Aquilo sim que era homem...sedutor , carinhoso e rico.
 Infelizmente como nem tudo são flores fui acometida de uma tuberculose, João internou-me num hospital e só saí de lá para morar aqui.
 Enfim, olhando pra você com tanta raiva, começo a agredi-lo e nossos ossos, com a ventania da tarde, voaram e caíram na minha tumba! Isso que é sofrível: ter que aguentá-lo apertadinho a mim para toda a eternidade.

Imagem da Teka




sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Eu Espero



  Eu espero que você ame: ame primeiro a Deus, ame sua linda família, que tenha uma boa casa para agregar seus filhos, que tenha um bom emprego para dar estabilidade a sua família, que você tenha muita saúde no seu viver e que não pragueje a luta pela sua vida.
 Você fala, anda, trabalha, é inteligente, quantos não debulham nenhuma lágrima, pois estão no seu triste final ou estado vegetativo numa cama da U .T .I.
 Espero que sua vida seja um milagre, uma vitória para os seus anseios, que more no seu coração a alegria, que saiba amar seu irmão, não o deixe na contramão do seu coração, que seja só um Eu.


SOL NA SUA VIDA


Vida o maior presente de
Deus





quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Mulher singular


http://quadroseretratos.wordpress.com/

 Estava esperando numa fila enorme para entrar no teatro quando me deparei com uma linda mulher. Seus olhos fitaram os meus, algo situou no meu corpo, não sei bem o quê. Fiquei pasmo com seu olhar sereno e simultaneamente altivo. Sentou-se na sua poltrona com singeleza e, quando vi uma poltrona vazia ao seu lado me atrevi e cheguei perto da jovem e perguntei:
 -Posso me sentar? Ela balançou levemente a cabeça concordando.
 Minhas pernas tremiam, não sabia o que falar, então, essa doce mulher começou a conversar comigo com tanta firmeza e educação que cheguei às nuvens várias vezes.  Perguntou meu nome e tremendo ao falar: - meu nome é Regis e o seu perguntei quase engasgando. Meu nome é Raquel.
 Raquel era única, sabia me envolver, para mim inigualável, era uma mulher singular.
 Começou a peça, ela atenta e eu perdido por aquela mulher que mexeu com meus neurônios e todos os órgãos do corpo, minhas mãos congeladas não paravam de tremer.  Não assisti nada, foi quando de repente foi anunciado o intervalo da peça. Ela olhou pra mim esboçou um sorriso malandro e perguntou: está gostando da peça? Disse que sim.  Olhou bem nos meus olhos senti um arrepio na espinha, foi quando ela pegou em minhas mãos, quase morri, sorriu novamente, apagou a luz e a peça continuou.
 Finda a peça, ainda com suas mãos atadas às minhas caminhamos um pouco quando passou um carro com um motorista. O Motorista saiu do carro e disse a jovem: vamos entrar? Sim respondeu ela, mas antes vamos levar esse jovem a sua casa. E o carro saiu vagarosamente, andou muito, pois morava na periferia. Parou em frente a minha casa, abri a porta e ela disse: gostou da peça?Criei coragem e respondi: gostei de você, ela sorriu.
 A porta se fechou e o carro partiu e eu ali parado feito um bobo quando minha mãe gritou: Regis! Você está delirando, está com febre, o que aconteceu? Regis ainda atordoado respondeu a sua mãe: hoje, pelo ao menos em sonho conheci uma mulher especial, ou seja, uma mulher singular.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Amor entre homem e mulher( readaptação )



Sorrir juntos nas grandes alegrias
Chorar em demasia nas horas tristes
Ter comprometimento  um com o outro
Repartir o prato de comida se for escasso

Trabalhar muito para ter boa estabilidade
Dividir as várias tarefas diárias
Consolar-se mutuamente na nostalgia
Completar-se em um único ser

Agradecer a Deus pelos filhos sadios
Mas se não os forem aceitá-los com amor
O tempo encarrega de haver oportunidades
Cabe só a nós saber usufruí-las

Deus deu muita inteligência ao homem
 Também um bom discernimento 
Do que é bom ou ruim a ele próprio
O amor é lindo quando é sincero!



terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Um sopro de morte (reedição)



 Ninguém deve ter medo de morrer. É apenas uma passagem a que todos nós vai acontecer. É a única justiça, absolutamente perfeita, pois irão passar por esse túnel: ricos, pobres, brancos, negros e toda a massa humana e os seres vivos.
 Fica a indagação sobre a morte, quando não é abrupta e sim pacientes hospitalares, em caráter irreversível. O que passa na consciência dessas pessoas que mesmo em estado de coma, ainda que pouco, possa discernir o que está acontecendo? Pensa? Talvez.  Lembram-se do que fizeram no decorrer de suas existências? Feriram alguém com perversidade? Traíram a confiança de outrem? Ocultaram maldades e querem se redimir?  Mas como? Elas não conseguem se comunicar com ninguém. Pode ser que quisessem pedir perdão, beijarem seus filhos, seus pais e dizerem até breve.
 Portanto, façamos o melhor de nossas vidas, sem humilhar os mais fracos, ajudando sempre que possível os mais necessitados, tanto no campo material como espiritual, para que na hora da nossa morte, não fiquemos aflitos e tenhamos uma boa serenidade para chegarmos ao nosso fim.



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Não deixe a depressão matá-los (reedição)



 As pessoas maduras e jovens da década de sessenta eram muito mais felizes do que as de hoje. Na metade dos anos sessenta eu era uma jovem até um pouco atrevida para a minha época. Namorava muitos rapazes, às vezes três de uma única vez, gostava de brincar de esconde- esconde com eles, nada era sério, mas sentia-me feliz das audaciosas brincadeiras com os namoricos. Tinha uma amiga que ficava de olho quando por acaso aparecesse dois de uma só vez. Tirava os saltos altos e corria pelas ruas da minha pequena cidade para esconder-me em minha casa. Não falava nada e, ia dormir. Que dormir! Achava graça do vaivém dos namoricos.
 Era muito feliz, meu compromisso era só estudar e paquerar os jovens mais bonitos da cidade e das cidades circunvizinhas. Os bailes então... já tinha meus parceiros para dançar que vinham de outras cidades e lá ia eu rodopiando, aliás com minha mãe por perto, até quase ao amanhecer. Enquanto dançava jogava olhares maliciosos para os lindos jovens da orquestra e assim fui vivendo até encontrar meu verdadeiro amor.
 Andava de lambreta, de Gordine e almoçava com ele nos restaurantes da cidade vizinha o dia que tinha estágio na escola.
 Na escola era muito feliz, os rapazes traziam da cantina da escola delícias para eu comer e a cada um colocava um apelido: porquinho, risadinha e muitos outros. Até os professores eu conseguia, naquele tempo, driblar e matar algumas aulas para namorar.
 O uniforme era saia plissada, dois dedos abaixo do joelho, camiseta branca, um sapato que achava horrível (preto) e meias brancas soquetes. Ninguém falava em drogas e muito menos em depressão. A vida era calma e saudável e eu soube aproveitar bem esse tempo.
 Não perdia nenhum baile, gostava de dançar de tudo e sorria, sorria muito para a vida...Não tinha tudo que queria, pois meus pais estavam fazendo os seus pezinhos de meia, mas eu me virava com alguns trabalhos manuais que os vendia à vista.
 Hoje, a ambição tomou conta de quase toda a humanidade, dinheiro, status e muitas dívidas para comprarem carros do ano, roupas de grife, muitos cartões de créditos estourados. É lógico, com toda essa ambição é um convite para a depressão.
 O namoro virou ficar, não se faz mais a diferença. Tudo é normal, crianças nascendo fora de hora, mães desesperadas à cuidar desses filhos que não foram feitos com amor e sim de uma simples transa inconsequente. Aí, a vida ficou banal e os jovens dizem que não têm sorte.
 Meus leitores, a vida somos nós quem a traçamos. Vivamos com dignidade e amemos as pessoas, as crianças e o mais importante vamos sorrir muito e procurar amizades alegres, pois hoje a população mundial aumentou assustadoramente e, está ficando um pouco difícil viver. Mas temos que lutar e vencer e não deixarmos essa maldita depressão impregnar nossa vida. 
Tem cura a depressão? Sim e muito fácil, não precisa nem de remédios: Ser o que somos e vir a ser um dia o que formos capazes de ser, essa é minha receita. Ela não me pega.
Não tenhamos pressa de morrer, a vida ainda é bela para quem tem a cabeça no lugar e um sentimento gostoso de poder conversar com as flores, com os animais, acordar com a brisa no alvorecer e dormir com a beleza do pôr do sol.



Quem planta amor e dignidade colhe felicidade
Quem planta ódio e ambição colhe solidão e depressão



domingo, 12 de janeiro de 2014

A chuva ( reedição )


mensagens e gifs da Teka

Oh! chuva abençoada
Molhe meu rosto cansado
Limpe-o de todas tristezas
E traga-me serenidade

O cheiro da terra molhada
Impregna todo meu corpo
Tornando-o tão perfumado
De odor incomparável

Venha chuva de mansinho
Molhe a terra do sertão
Para que nossos irmãos 
Tenham direito ao seu pão

Até breve chuva abençoada
Vá molhar a terra toda
Mas não abuse da sua força 
Para não termos calamidades


sábado, 11 de janeiro de 2014

Mulher conquistadora( miniconto )




 Mulher conquistadora não precisa de maquiagem, enlouquece os homens só com o olhar, é firme nas suas atitudes e não teme o futuro. É independente, sedutora e muito inteligente; sabe o que quer e também machucar corações.
 Uma mulher conquistadora jamais se entrega aos delírios das ilusões dos homens, sorri(...); um sorriso sarcástico pensando: já lhe peguei, sabe dizer adeus sem ter piedade dos homens.
 É namoradeira, gosta de paparicos: presentes, passeios e muitos e-mails de amor. À noite, sozinha em sua cama com seu celular debocha dos escritos, é assim porque não sabe amar ninguém.
 Já mais madura resolve se casar com seu escolhido para como mulher poder ter seus filhos lindos; o marido será apenas um elo para chegar ao seu intuito.
 Existem as exceções.


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Nosso amor sempre foi lindo (miniconto)



 Conheci meu amor no primeiro ano do curso primário. Éramos duas crianças peraltas e inteligentes; no recreio ele vivia a me vigiar e eu me achava toda. Queria sempre me proteger das possíveis brigas.
 Achava muita graça, mas gostava do seu dengo, assim passamos nossa infância entre olhares infantis. Nos tornamos adultos e sempre juntos na mesma classe; nos formamos na mesma turma e, ele sempre a me olhar.
 Numa sexta-feira chuvosa ele declarou seu amor por mim, tinha apenas dezesseis anos era ingênua e fiquei feliz, aos vinte anos nos casamos, tivemos dois lindos filhos que só trouxeram alegrias e felicidades para a nossa vida.
 Nosso amor foi cultivado numa terra fofa, adubada com nossa inocência; hoje estamos velhinhos acabou-se as loucas paixões, sobrou o amor sincero e boas recordações.
 E para completar nossa felicidade, nossos filhos casaram-se muito bem e moram por perto e aos domingos todos vêm cá para o almoço que as noras preparam e os cinco netinhos correm prá lá e prá cá e se jogam numa pequena piscina.
 Hoje eu falo para o meu velhinho: nosso amor sempre foi lindo.




quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Saudades de nós



Hoje aqui é triste primavera
Grande nevasca no meu coração
Lembra? Os beijos? Que maravilha !
Nosso amor morreu no chão(...)

O ar impregnado com seu cheiro
O silêncio, o chilrear dos pássaros
Sinto o suave barulho do vento
Passar e morrer nos meus braços

Minha vida acabou com a sua viagem
Seu espírito vagueia a saudade
Tão lindo, tão amado e tão jovem
Deixou-me só na doída saudade

Espero nesse banco a sua vinda
Abraçados despediremos do jardim
Voaremos agarradinhos sem nada
Eu, você e nosso eterno fim


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Olhe nos meus olhos (miniconto)



 Olhe nos meus olhos e diga que não me ama mais e o que vê nos meus olhos não verá no meu coração que está sangrando de tanta dor. Veio despedir de mim para machucar mais meu coração? Não a beijarei, prefiro morrer a beijá-la pela última vez.
 Dois meses se passaram, eu enclausurado do trabalho à casa, escrevi vários poemas de amor para aquietar meu coração, dando-lhe esperança da volta do seu.
 Num dia de muito frio, pela cidade, vejo-a aos beijos com outro alguém. Dos meus olhos duas lágrimas escorreram quentes no meu rosto e, com dor na garganta consegui dirigir até o trabalho. Na volta do trabalho, paro num bar e bebo uma tônica bem gelada que até endureceu meus lábios.  Cheguei em casa tarde da noite, perambulei pelos cômodos gelados, onde declamava os poemas que fazia para você. Hoje não consegui escrever nada, um vazio tomou conta da minha mente. Chorei.
 O tempo passou e eu só, você passeando com o outro, finjo que não vejo para não me machucar demais. Três meses se passaram.
 Tristemente chega o dia do seu casamento; igreja lotada, estava linda toda de branco e no final da igreja, encostado na porta; perdia meu amor. O altar e a igreja toda enfeitada de lírios brancos, tal a neve que caía naquela noite gelada.
 No meio da cerimônia o padre perguntou a todos os presentes se havia algum impedimento. Silêncio total.
 De repente, você "ouviu" meu chamado, jogou o buquê para os presentes, correu aquele tapete de veludo vermelho e, num ímpeto me beijou.



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O amor acontece em qualquer idade!



 Você meu amigo e amiga que está aí sentado no cantinho do sofá,assistindo  aquela novela chata, saia daí, venha viver a vida, pois não importa a sua idade e sim o seu modo de viver. O tempo urge, a hora não espera. Daqui a pouco você estará bem velhinho e ficará só à espera da morte. Ninguém gosta de cuidar de velhos, portanto aproveite o tempo que tem e vai amar. É tão bom(...)
 Vá curtir o tempo que ainda tem de vida: Vá ao teatro de preferência cômico, não se envergonhe de ninguém e ria à vontade até as gargalhadas( pois ninguém paga suas contas), vá a piscina quando o sol estiver preguiçoso, coloque um roupa de banho descente e mergulhe de cabeça formando ondas na piscina, faça excursões, quem sabe numa delas você encontre alguém para partilhar a sua vida, seja insinuante, pois homens e mulheres maduros adoram. Depois coloque as rédias.kkk
 Encontrou alguém? Não lhe falei? Então vão ao shopping de mãos dadas, comprem algumas bobeiras, meleca seu rosto com algodão doce, ele vai adorar suas peraltices e amá-la ainda mais. Acabou o dinheiro, pegue o carro e volte para casa.
 Procure sempre conversar, não coisas passadas, mas coisas boas que irão fazer pela vida.  Façam um controle de suas finanças para que pelo ao menos uma vez por ano façam umas extravagâncias. Isso rejuvenesce a alma e o corpo.
 Sejam vocês mesmos em qualquer situação financeira; não queiram ser o que não são, pois isso afugenta os amigos. Sorriam muito.
 Que vocês sejam felizes, pois o amor acontece em qualquer idade...
  

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Ah! Esse amor ( miniconto )



 Ah! Esse amor que nasceu criança, com abraços e beijos nos corações. Mãos deslizavam os cabelos, beijinhos nos lábios, vindo a vergonha e, de mãos atadas corríamos na praia.  A chuva fazia charcos na areia, no chão de barros e de repente nos abraçamos e rolamos no lamaçal e, bem pertinho, frente a frente, inevitável foi o beijo quente, nos abraçamos, calor subiu ao colo, doía nossas entranhas.
 Sentimos vergonha um do outro, um beijo mais profundo, tremor nas pernas, uma louca vontade da posse. Era a paixão aflorando os corpos, pois o tempo passou não éramos mais crianças e sim dois jovens lindos que num impulso inocente, ali mesmo no campo florido nos entregamos a paixão.
  


domingo, 5 de janeiro de 2014

Pedalando a vida ( ficção )



 Enfeitei minha bicicleta e eu, com lindas flores coloridas que apanhei num campo florido pertinho de casa. Dei adeus à mamãe e disse que só voltaria quando encontrasse um grande amor. Saí pedalando a vida à procura do meu sonho.
 As borboletas insistiam em me seguir, mas logo tombavam ao chão exauridas. Pedalando vi a vida passar a minha frente: o sol sorrindo, ouvindo o som das águas do mar, o crepúsculo do entardecer me dando adeus para dar lugar à noite estrelada e surgindo vagarosamente a lua exuberante sorrindo para mim. Parei para ver aquele espetáculo. Incrivelmente belo!
 Cansada das pedaladas empurrei minha bicicleta perto de uma manancial; tomei um banho de águas cristalinas, bebi dela e saí à procura de algum alimento. Mangueira! adoro mangas. Quando a mangueira me viu sorriu e derrubou para mim saborosas mangas. Adormeci.
 Acordei com o crepúsculo do alvorecer, o sol preguiçoso me acordou com seus raios suáveis. Quanto tempo? Não sei(...) não usava relógio... depois de uma "chuverada" numa pequena queda d'água d'uma cachoeira; refeita do cansaço, fiz meu desejum com saborosos pêssegos. Que delícia! 
 De repente ouvi um barulho; escondi a bicicleta numa relva alta e corri atrás do pessegueiro. Fiquei com medo de algum animal feroz. E realmente tinha razão, era um lindo leão(...) foi chegando perto, estava gelada de medo, ele falou: Apareça e me da um beijo. Estremeci, mas o medo era tanto que cheguei toda trêmula perto dele e o beijei. Deu um estouro, caí e fiquei estupefata ao ver a transformação: um lindo jovem loiro, de cabelos encaracolados deu-me a mão e me disse: o feitiço acabou. Agora, se quiser serei seu para o resto de nossas vidas e me beijou.
 Não sei quanto tempo fiquei nesse transe sem acreditar que não precisei pedalar muito minha bicicleta para encontrar o meu amor.
 Voltamos a cavalo, levando também minha bicicleta. Foi uma festa na pequena cidade e logo o enlace aconteceu e somos felizes até hoje.
 Portanto, busque, vá à luta, não tenha pressa que um grande amor aparecerá na sua vida.  É só acreditar e sair à procura.



sábado, 4 de janeiro de 2014

Fragmentos de amor



 Daniel e Fernanda viviam juntos havia exatamente dois anos, desse relacionamento nasceu Priscila, hoje com apenas um ano de idade.
 Um casal de dar inveja, tamanha era o comprometimento que um tinha pelo outro e Priscila só veio enfeitar o que já era lindo por natureza.
 Um dia, Fernanda recebe um telefone de sua prima Clara que morava na capital que vinha passar as férias na sua casa. Ficou contente, adora sua prima.
 No domingo Clara chegaria de ônibus e, enquanto ela fazia um almoço especial pediu a Daniel para ir buscá-la na Rodoviária, pelo celular Fernanda disse a Clara que Daniel estaria com uma camisa branca e na mão uma rosa vermelha.
 O ônibus parou e não foi difícil o reconhecimento e Daniel aproximou-se de Clara com a rosa vermelha na mão e não sabendo o que fazer com ela entregou a prima.
 No caminho pouco conversaram e, já na casa, desfez a mala, tomou um banho e foi almoçar. Uma comidinha cheirosa, típica do interior, mas tudo com muito esmero.
 Daniel era autônomo e sua mulher professora, conclusão: enquanto Fernanda saía com a filha para a escola a prima ficava sozinha.
 Um dia, Daniel voltou para casa e a porta do banheiro estava entreaberta e não resistindo a tentação, abriu sorrateiramente a porta do box e ficou estagnado com a beleza do corpo da jovem, ali mesmo fizeram amor.
 No outro dia Clara foi embora e Fernanda desconfiada quis saber o que havia acontecido e ele chorando muito explicou o ocorrido e ajoelhando ao seus pés pediu perdão.
 Fernanda nada disse e aos poucos foi juntando os fragmentos dos sonhos vividos com seu amor e se perguntou: e se fosse comigo? Gelou. Seu coração palpitou o medo da perda e abraçou Daniel.
 Recomeçaram sua vida ao lado da sua linda filha Priscila.

" O que você faria no lugar de Fernanda? "


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Minha voz


Queria pedir para ficares
Minha voz não saía (...)
A sufoquei com as flores
A dor ao meio se partia

Meus olhos lacrimejantes
Debulharam num grande rio
Do nada chegou vento frio
Para dissipar as correntes

Correntes de mil amarguras
Fizeram a morada comigo
Solucei as tristes agruras
Na boca um gosto amargo

Tosca solidão me abraçou
Reconheci um odor fétido
D'um vil amor deteriorado
Sumiu, em alto voo ele alçou



quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Espelho quebrado( miniconto )



 A vida é como um espelho que se quebra em várias partículas, as quais são independentes. Ainda não inventaram uma cola que o deixe numa única imagem: a mais bela e jovem.
 Somos os cacos que vamos tentando nos remodelar dia após dia, podendo melhorar nossas aparências para esconder nossa idade, mas voltarmos a ter aquele rostinho lindo da juventude, jamais.
 Temos que aceitar que tudo tem o seu tempo e se um fugir querendo usurpar o lugar do outro fica ridículo e seremos piegas dos outros.
 Temos um ciclo de vida à cumprir e nada irá mudar esse itinerário, a não ser que a morte venha prematura levando nossa beleza, como um ladrão de emoções.
 Portanto, vamos viver a plenitude de cada idade e ao chegarmos ao final da nossa vida dizer: eu vivi com intensidade todos os ciclos vida e, se a morte chegar, a vida nos sorri.


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

E 2014 chegou...



Primeiro de janeiro
Dia da Confraternização da Paz
Vamos passar uma borracha 
Nos muitos erros de 2013
Recomeçar 2014 com o "pé direito"

Os sonhos que não foram concretizados
Vamos à busca esse ano que começa
Sem esmorecer jamais...
O nosso tempo na Terra diminui
Temos que nos redimir e renovar

Consertar tudo que deu errado
Reconquistar nossas amizades
Pedir a pomba para jogar os dissabores
Num verde oceano profundo...
Estender a nossa mão pedindo paz

Que nossos governantes se conscientizem
A vergonha da fome que assola
O nosso querido e lindo planeta azul
Deem condições de nossas sobrevivências
E que todos joguem a máscara fora

"Que 2014, com garra consigamos a paz"